quinta-feira, 13 de abril de 2017

REVIEW: POWER RANGERS 2017 - CADÊ AS LUTAS? CADÊ OS RANGERS? CADÊ? - Séries e Afins


    Olá galerinha linda que acessa nosso blog diariamente mas não comenta, tudo bem com vocês?

    Bem, estamos voltando hoje com uma novidade: A nossa PRIMEIRÍSSIMA REVIEW DE FILME! Sim, isso mesmo.
    Agora somos críticos de televisão e cinema com formação Netflix.

    Esta semana, no canal, fizemos um vídeo sobre a 1ª temporada de uma das séries mais aclamadas e lembradas da década de 90. Com certeza todos vocês acompanhavam, já assistiram, ouviram ou ao menos sabem que existiram.
    Estou falando, claro, dos incríveis e saudosos POWER RANGERS.



    O Tokusatsu mais famoso da história, mesmo não sendo o pioneiro, inclusive bebendo de várias fontes como SUPER SENTAI e SPIDER MAN ( o japonês ), POWER RANGERS conseguiu apesar disso, imprimir sua marca e transpor para as telas um gênero que inspirou grandes mudanças no cenário da televisão, conciliando temas que agregavam conceitos morais à violentas batalhas entre monstros gigantes e heróis coloridos.

    No auge dos anos 90, ninguém se importava se o seu herói favorito usava uma roupa colante.
    A breguice das roupas e adereços, vilões caricatos, tudo isso era a essência dos POWER RANGERS, porque o que importava de verdade, era a devoção que cada uma das temporadas, por mais renovadas e modernas que fossem, tinham com a boa e velha luta corpo a corpo.

    E porque esse relato e desabafo? Para fazer um review do novo filme, reboot da incrível e agora clássica 1ª temporada de PR, era necessário analisar tudo o que a série foi, pois só assim, poderemos fechar os olhos e acreditar que em 2017, existiu um filme digno de ser chamado fruto desta incrível franquia.

    O filme é legal. O filme tem bons atores. Mas não é POWER RANGERS. Talvez seja um primo distante dos Transformers que assistiu POWER RANGERS, mas isso não o faz ser POWER RANGERS.

    O enredo do filme desenvolve personagens, constrói um relacionamento com o público, nos faz gostar deles. OK, na série as relações eram construídas com o tempo, com pequenas mostras de lealdade e amor em cada luta, e isso era necessário, porque Power Rangers é amizade. São 5 pessoas dividindo cargas grandes, onde um é o apoio do outro.



    A essência de cada personagem homenageia os atores originais, com a Naomi Scott fazendo jus á uma ranger rosa decidida e autêntica, tão boa quanto a Amy Jo Johnson foi.

    Drace Montgomery é um ranger vermelho sem graça ( minha opinião ). O Ludi Lin ( ranger preto ) tem muito mais atitude do que ele para segurar o cargo. Não que devesse se impor sobre os outros, mas sempre confiamos que rangers vermelhos fossem seguros e um pouco arrogantes, o que as vezes não é algo ruim. No filme Jason sofre por ter antes sido um prodígio, orgulho dos pais e da cidade, mas que após um acidente se vê refém dos próprios medos e inseguranças. Mas sendo o primeiro filme, a gente perdoa. Talvez nos próximos filmes ele cresça para ser um ranger vermelho de impacto.

    A cantora Becky G faz da ranger amarela uma personagem enigmática e bastante acolhedora. Identificamos com pessoas sozinhas, que temem confiar em qualquer um, em um mundo cada vez mais superficial. A Trini é gay, resolvendo a questão que perseguiu toda a série, ora rangers amarelos garotos, ora rangers amarelos garotas. Rangers amarelos são pessoas, não dependendo de rótulos como o vermelho precisar ser homem ou a rosa uma mulher.

    RJ Cyler é o alívio cômico do filme, e faz do seu ranger azul um personagem fofo e querido, se transformando, conforme o filme passa, em um verdadeiro elo entre os rangers. Ele desperta o melhor que cada um deles pode ser para o outro.

    Rita Repulsa, a vilã da vez, é vivida pela Elizabeth Banks. Gostei do início do filme, onde mostra um pouco da relação entre ela e Zordon ( Bryan Cranston ), mentor dos rangers. 
    Finalmente podemos confirmar que sim, a Rita foi uma ranger verde e o Zordon, um ranger vermelho. A rixa entre eles é claro, foi causada pela traição de Rita contra os próprios parceiros, o que reforça ainda mais a questão da lealdade e confiança serem as peças chaves para que os rangers morfem.



    Mas o grande problema do filme, são as cenas de luta, ou neste caso, a falta delas.

    POWER RANGERS em suma, sempre foi uma ode ás artes marciais, luta corporal e exercia sempre a relação entre disciplina e equilíbrio. Mas o que vemos neste filme é mais do mesmo, uso de efeitos visuais, e diga-se de passagem, nem assim consegue impressionar, nem ao menos pra quem já assistiu Transformers, Iron Man, e outros filmes do gênero. Muita fumaça, mas não tem prédio explodindo atrás do MegaZord. Até os lacaios de Rita são todos computadorizados. Mano, pelo amor de Deus, algumas coisas deveriam ser preservadas. E isso me deixou triste.

    Ver uma série ser transformada em uma cópia mal feita de tudo o que essa nova geração abraça, é triste. Viemos de uma época onde a simplicidade era o bastante. POWER RANGERS lutando no chão, com suas roupas coloridas, ou nem que fossem uma bandana com cada cor característica, era suficiente.

    Quiseram tornar atrativo algo que não precisava de efeitos visuais incríveis, só precisava ter um roteiro decente. Nem policiais parece haver na Alameda dos Anjos, a população não sente o temor da guerra, não até que um monstro gigante de ouro apareça.

    Não comparando com a série, o filme é legal. Apresentou personagens legais, que constroem uma amizade legal, e se o filme fosse apenas isso, sem Zordon, sem Rita, sem poderes, seria ainda assim, um filme legal para assistir numa tarde preguiçosa.

    Mas infelizmente, decidiram incluir nesse roteiro apenas legal, um clássico. E isso torna o filme pequeno, talvez legalzinho.

    E POWER RANGERS precisa de mais. Precisa ser sensacional. Merecemos isso, as novas gerações merecem, a franquia merece, e espero que melhorem conforme os novos filmes venham, porque... cara, é POWER RANGERS, e isso vale muito no coração de quem viu nascer esta maravilhosa série!!

Nota de um leitor e fã da franquia PR: 5,5/10

Até a próxima

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